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Gente que Pedala #12 - Pedro Silvino Pfitscher


Estava precisando de um depoimento para este domingo, quando recebi uma mensagem de um biker leitor do site Pedala Floripa, perguntando como poderia publicar o depoimento dele. Juntou a 'fome com a vontade de comer' :). Quem quiser contar sua história ciclística na coluna 'Gente que Pedala', basta me enviar uma mensagem (biker@pedalafloripa.com), para combinarmos os detalhes.

O depoimento do biker Pedro Silvino Pfitscher é bem legal. Atualmente ele se encontra no exterior e conta como sua paixão pela Gordinha começou e continua firme!

Espero que gostem de mais esta história Show de Bike!

CicloAbraços, Biker


A Gordinha e eu

Normalmente as histórias começam falando de quando a pessoa era criança, o meu caso vai ser diferente, não que eu não tenha andado de bike quando criança, eu o fiz na verdade, mas não muito, enfim, vamos à ela.
Eu ‘’comecei’’ a andar de bike pra valer quando estava fazendo o meu Intercâmbio para a Irlanda, andava mais por necessidade: ir à aula, mercado, bares, visitar amigos, enfim. Quando vi uma publicação de um grupo no Facebook sobre a primeira cicloviagem, incríveis 40km ida e volta, esta na qual seria a primeira de muitas para mim, porém a última para o grupo. Cheguei em casa morto, e no outro dia nem se fala, afinal pra quem não andava de bike há um bom tempo, não era uma surpresa.

Passou 1 mês, eu tentando convencer o grupo a continuar as viagens, todo mundo desanimado, ninguém queria sair de casa de manhã cedo no frio de 0 graus pra pedalar, mas EU queria, e eu o fiz, juntei um amigo e fomos fazer uma trilha, a minha primeira trilha, e detalhe, a trilha era na beira de um penhasco, contornando a ilha inteira assim, o que eles chamam aqui de ‘’cliff’s way’’, o medo era grande, de cair e não voltar mais, porém continuei firme e forte na minha bike e mais um destino foi pra lista.

Depois o grupo foi aumentando, fizemos várias cicloviagens, assim como as distâncias foram aumentando, 60, 70, 80 Km e muitos deles com subidas pesadas, e pra mim que estava totalmente fora de forma, tinha que muitas vezes empurrar a bike morro acima, nada que irritasse os cicloparceiros.

Foi quando veio o primeiro susto, descendo uma pista de Downhill profissional, algo que eu nunca tinha feito na vida e nem tinha ideia de como fazer, levei um tombo feio, o pedal travou numa pedra, a bike parou e eu voei por cima, dei com o joelho no chão, cotovelo, tudo. Tudo bem, voltei pedalando pra casa porém no outro dia e nas 2 semanas seguintes sofri, não conseguia dobrar o joelho que teve o impacto, pensei: ‘’quebrei meu joelho’’, e ficou, a dor era muito grande, e o joelho começou a inchar bastante, acabei deixando acontecer, afinal os médicos aqui na Irlanda são horríveis, e teria que pagar 100 euros por uma simples consulta. Passaram 2 semanas e voltei a pedalar, mesmo com dores e com o tempo melhorei e voltei a ativa pra valer.


Depois de mais algumas ‘’trips’’, resolvemos testar as nossas resistências, fazer uma rota pelas montanhas, subir, descer, subir, descer, subir descer montanhas até dizer chega, e quando dizia chega tinha mais ainda. Nesse dia subimos a uma altitude máxima de 900m, tudo de bike, para terem uma idéia, Lages na serra catarinense esta a 904m. No final das contas deram 130 Km, pesado hein?

Agora vamos falar sobre a história da ‘’gordinha’’, que seria a minha bike, o apelido carinhoso talvez dê pra imaginar o porquê: o peso dela era inimaginável, ela pesava uns 25-30kg, uma bike Full-Suspension muito forte, porém pesada, sofri, chorei, sorri com ela, que foi minha companhia por 6 meses de intercambio, mês que vem estarei voltando ao nosso querido Brasil e vou voltar as pedaladas no Brasil.


Um comentário

  1. Irado seu depoimento Pedro! Aventura, percursos inusitados, superação física e muita determinação.
    Obrigada por compartilhar!
    :)

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