Anuncie Aqui

Tabela de Eventos

Evento

Titulo

Gente que Pedala #8 - Schirlei Casas



O depoimento desta semana é da biker Schirlei Casas. Desde criança já era e ainda continua sendo apaixonada por bikes. Esta paixão, junto com outros esportes, ajudou a definir sua vida profissional.

Ela curte pedalar e até gosta de competir sorrindo, tal a alegria que sente quando se encontra pedalando! :)

Espero que gostem de mais uma história Show de Bike!

CicloAbraços, Biker


A Paixão Nasceu Comigo


Não, vocês não lerão aqui um depoimento de alguém que descobriu a paixão pela bicicleta de repente durante da vida. Acredito que o meu desejo em estar sempre perto de Uma seja algo sanguíneo, necessidade mesmo, por mais que em algumas vezes ela não estivesse tão presente assim.

A primeira lembrança que eu tenho de uma bicicleta na minha vida é a da minha irmã mais velha. Uma bicicleta de “menina” amarelinha que ficava no ranchinho atrás de casa, com a qual me aventurei algumas vezes e se não estou enganada, foi com ela que eu dei as minhas primeiras pedaladas pelo terreno de casa em Tijucas e descobri a minha paixão.

Mas a minha primeira bicicleta, aaah!! Essa foi minha companheira durante anos. Ela chegou a minha casa no Natal de 1995, uma Monark sem marchas, cor laranja e que eu achei linda. Morando em uma cidade pequena como Tijucas e ainda em um bairro mais interiorano, tinha tudo que eu queria perto, estradas de chão, poeira, lama e uma pista de MotoCross.

Foi com cerca de 13 anos que descobri a paixão por trilhas. Mesmo com uma bicicleta que não colaborava muito, todo fim de semana, após o almoço, me juntava a alguns colegas para desbravarmos o interior. E lá ia eu interior adentro até o ponto final, a pista de MotoCross. Mas até chegar lá (que hoje acredito não dar 5 km) passava por pastos e cocheiras de gado, inclusive fugindo deles, mato fechado e marcado apenas por pequenas trilhas. Quando chegava ao ponto final eram os morros da pista que me fascinavam. Claro, andava na pista com muita dificuldade, mas, pela paixão, não desistia, subia e descia como se estivesse em uma grande competição. Dessa época o fato mais marcante para mim foi o dia em que a minha bike, com a roda um pouco torta, furou o pneu e não daria tempo de arrumar para a trilha do fim de semana. Sem pensar duas vezes, peguei a bike da minha irmã, retirei a roda e coloquei na minha. Sim, estava tudo resolvido, até ela notar que as rodas tinham sido trocadas (Rs).


Participação em Olimpíada Tijuquense
O tempo passou, uma nova bicicleta chegou, e até passei a sonhar em ter uma “equipe de ciclismo” com meus colegas, mas as responsabilidades escolares foram aumentando e o pedal do fim de semana virou raro. Foi quando, em 2001, surgiram as Olimpíadas de Tijucas. Estava prestes a participar da minha primeira competição. Sim, para mim uma grande competição, ao ponto de não consegui dormir direito. Lembro que sorri durante todo o percurso pela cidade, era fascinante e mais uma vez tive a certeza que era uma paixão andar de bike. Participei três anos consecutivos e nos seguintes não pude participar.

A paixão por esportes me fez escolher Educação Física como faculdade. Confesso que nesta época não andava muito de bike, nem aos fins de semana, mas continuava com sonho de ter a bike como companheira. Foi quando em mais um Natal outra bike chegou. Dessa vez não era uma simples bicicleta, era uma Mountain Bike com suspensão, mais de 20 marchas, velocímetro, roupa, capacete e tudo que na época eu tinha direito (2007). Este presente foi um incentivo dos meus pais para que eu voltasse a participar das Olimpíadas de Tijucas, e claro eu voltei. Desde então não parei mais. Mesmo quando, jogando futebol, eu sofri uma lesão no joelho direito, a bike estava ali. Lembro que meu médico falou: de bicicleta você pode andar e inclusive a usará na recuperação. Isso me deixou muito feliz.


Mirante em Bombas - SC
Alguns meses passaram, me recuperei, vim morar em Florianópolis por conta da faculdade, mas os finais de semana eram sempre em Tijucas, principalmente no verão, o destino certo era Porto Belo e Itapema. Mesmo sozinha, pegava a minha bike de manhã e saia em direção à praia sempre por estradas de chão, buracos e poeira. Lembro que um dia resolvi mudar e iria explorar também Bombas e Bombinhas. Mas fiz mais que isso, percorri também Canto Grande e Mariscal. Nunca me esqueci das paisagens, da vista que se tem de um dos mirantes no morro que se leva a Bombas, inesquecível. Quando voltei para casa fim de tarde o meu Cateye marcava mais de 80 quilômetros, o maior percurso até então.

Também 2007 aconteceu o meu primeiro contato com o esporte que anos depois viraria o meu hobby, o triathlon. Na faculdade conheci a Mariana Borges que se tornaria no futuro minha treinadora; e junto com ela, a bike mais encantadora que eu já tinha visto, uma Cervélo S5 preta. Foi paixão à primeira vista mesmo. Tanto que a Cervélo passou a ser um sonho que um dia eu iria realizar, independente de quanto demorasse para isso.

Nesse mesmo ano me tornei árbitra de triathlon pela Federação Catarinense de Triathlon e fui ao meu primeiro Ironman. Sem poder escolher, fui escalada (pelo destino) para passar o dia arbitrando o ciclismo. Sofridas 10 horas em cima de uma moto, mas que nunca agradeci tanto. As bikes eram lindas, em “alta velocidade” e com aquele barulho de roda de carbono apaixonante. Terminei o dia com um sonho novo, o Ironman e principalmente os 180km de ciclismo da prova. E assim foram mais 3 anos de arbitragem.


Competindo no Desafio Márcio May
Pedra Branca
No começo de 2011 resolvi, com incentivo da minha família, começar a treinar corrida e ciclismo com o objetivo de no futuro fazer triathlon. Mas antes que o triathon se tornace realizada, a minha companheira de anos estava lá para trazer novas alegrias. Em maio participei da minha primeira competição verdadeiramente grande de Mountain Bike, o desafio Marcio May – Pedra Branca; e foi mais que o esperado. Assim como na minha primeira Olimpíadas de Tijucas, sorri durante todo o percurso, aproveitei cada momento, mesmo nos mais difíceis e terminei o percurso Feliz, chegando em 2o. Lugar Geral nos 26 Km.

Três meses depois fui ao meu primeiro Duathlon terrestre em Brusque num dia frio e chuvoso no qual mal conseguia passar as marchas, mas dias antes veio a grande decisão. Eu precisava de uma bike nova. Após a competição, a caça estava aberta. Comei a ler sobre bicicletas Road, de contra relógio, prós, contras, quando escolher essa ou aquela, conversar com atletas e por ai vai. Sempre que pensava em uma bike a Cervélo vinha em minha mente, afinal era para mim Ah Bike. E foi o que fiz, comprei uma que demorou eternos 10 dias para chegar, mas quando chegou mais uma vez não dormi direito.

Depois que ela chegou na minha vida as competições viram mais freqüentes. O primeiro triathlon veio, me arrisquei na Estrada de Rainha em Balneário Camboriu com sua subida desafiadora, mas emocionante; a serra que leva a São Bonifácio foi vencida com o seu caminho de asfalto perfeito, a bela paisagem, o “cheiro” de natureza e com poucos carros, o que torna o pedal mais seguro; e veio também mais uma vez o sonho de fazer um Ironman. Mas para fazer com que um grande sonho se torne realidade, eu precisava me dedicar mais e participar de competições maiores que me dessem base para o Ironman. Então a meta era fazer o Ironman 70.3, o chamado Meio Ironman, com seus 90 quilômetros de pedal. E foi o que eu fiz.


Participando do Meio Ironman
No fim de agosto de 2012 participei no meu primeiro (espero que de muitos) Meio Iron que aconteceu em Penha. Fui para a prova com dois objetivos: o primeiro de terminar a prova bem e o segundo, que para mim era no fundo muito importante, pedalar e pedalar muito, não para ser melhor que as outras, mas para desfrutar da minha paixão. Eu sorri em todos os quilômetros do percurso, desfrutei cada subida e descida e, principalmente, curti todas as vezes que eu passei pela minha família e amigos que lá estavam torcendo para que o primeiro passo até o grande sonho terminasse feliz, e assim foi. Terminei a minha prova em um tempo abaixo do esperado e, com certeza, o que determinou isso foi o amor e dedicação ao ciclismo
alimentados por sorrisos durante o percurso.

Depois do Meio Ironman os passeios de bike dentro de Floripa e Tijucas voltaram a ser freqüentes pela simples paixão de pedalar.

Escrevo isto a vocês cerca de 5 meses antes de fazer a inscrição do Ironman 2014 e de definitivamente realizar um desejo de anos. Espero que ela possa servir de inspiração para a busca de sonhos, pois tudo que eu escrevi aqui hoje, anos atrás eram apenas pensamentos positivos.

Desejo a todos muitos quilômetros.

Abraços.

Schirlei Casas


Contribuição do Biker:

Vídeo da participação e vitória da Schirlei Casas nas Olimpíadas de Tijucas 2012, usando a bike Cervélo :). Fonte: Bola do Vale.




2 comentários

  1. Show!
    Muitas conquistas para vc, Schirlei!
    Continue na estrada!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É isso aí! Certamente ainda ouviremos falar da Schirlei e de sua ótima performance no IronMan 2014!

      Valeu!

      Excluir

Recent Post

Janio Rossa Cycling
Tecnologia do Blogger.