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Transtornos comuns em atletas de endurance

Atletas de resistência alternam períodos de treinamento físico intensivo com períodos de repouso e recuperação para melhorar o desempenho.


Um desequilíbrio causado por um treinamento excessivamente intenso e uma recuperação inadequada leva a uma quebra nos mecanismos de reparação.

As lesões nos tendões nesses casos são geralmente degenerativas ao invés de inflamatórias. A tendinopatia é muitas vezes lenta para resolver e responde de forma inconsistente aos agentes anti-inflamatórios. 


As lesões relativamente comuns em atletas de endurance incluem as lesões patelo-femurais, lesão do trato ileo-tibial (atleta apresenta sintomas na lateral da coxa e próximo a lateral do joelho), tendinopatia do tendão calcâneo e outras.

Essas lesões são tratadas com descanso relativo, geralmente acompanhados por um programa de exercícios reabilitação. Estes exercícios devem ser prescritos de forma individualizada e incluem técnicas de reforço muscular excêntricos, retorno gradual ás atividades e correção do gesto esportivo. 


Os ciclistas podem se beneficiar de um Bike Fit que inclui uma minuciosa avaliação física e antropométrica e, ajuste subsequente da postura na pedalada com ajustes dos pontos de contato do ciclista com a bike (assento, guidão e pedais). Os atletas de resistência também são suscetíveis à outras condições médicas relacionadas ao exercício, incluindo colapso associado ao exercício e síndrome de overtraining.

Essas condições são tratáveis ou evitáveis com a intervenção adequada.

O colapso associado ao exercício é um evento dramático que está tornando-se mais comum com o aumento da popularidade dos marathons e triátlons. 


A maioria dos casos são benignos e podem ocorrer após um atleta parar de se exercitar. A mais comum forma de colapso está relacionada à hipotensão transitória, resultado de um acúmulo de sangue nas pernas após a cessação do exercício; ele é tratado com a simples elevação dos pés e em raros casos mais graves podem ocorrer eventos cardiovasculares.

A hiponatremia também têm sido uma condição cada vez mais encontrada em atletas que participam de maratonas e triátlons. Trata-se de um transtorno metabólico causado por um desequilíbrio hidroeletrolítico no organismo e que leva a uma concentração anormalmente baixa de sódio no sangue. É um distúrbio geralmente assintomático, com sinais e sintomas presentes apenas nos casos graves. Os sintomas incluem letargia, apatia, desorientação, câimbras, anorexia, náuseas, dores de cabeça e agitação. Essa condição está relacionada à hiper-hidratação com fluidos hipotônicos e pode ser evitável com orientação sobre a ingestão apropriada de fluidos durante a competição.

Esteja atento se você é ou pretende se tornar um atleta de "endurance". A prescrição correta do treinamento, alimentação e posição correta de pedalar deve ser orientada por um profissional qualificado da respectiva área.


Publicação escrita por

Regis Luciano Rocha Santos
Fisioterapeuta (especialista em fisioterapia esportiva, acupuntura,  RPG e bike fit).
. Contato: Regis Floripa (Facebook)

Referências: DD Cosca, F Navazio. Common problems in endurance athletes
- Am Fam Physician, 2007.


2 comentários

  1. Interessante abordagem. Roma não foi construída em um dia, assim é com o treinamento para provas de endurance. A ansiedade de começar a competir longas distâncias sem aquisição de "lastro fisiológico" é o principal erro e maior responsável por lesões e overtraining.
    Bem lembrado: a condição de hiponatremia que vem se tornando ocorrência comum nestas provas, que poderia ser evitada consultando-se um especialista em nutrição esportiva, ou simplesmente informando-se melhor a respeito do esporte que se pretende praticar!
    Defendo o esporte ORIENTADO para todos!
    Grande abraço

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